O QUE VOCÊ FAZ COM "SEUS PLÁSTICOS"?

DESCOBERTO UM CONTINENTE DE LIXO PLÁSTICO

Durabilidade, estabilidade e resistência à desintegração, são as propriedades que fazem do plástico um dos produtos com mais aplicações e múltiplas utilidades para o consumidor final. São também elas, que uma vez esgotadas, o tornam um dos maiores vilões ambientais!
São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração provém da terra.



Foto do vórtex

No oceano pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, a qual é já considerada a maior concentração de lixo do mundo!
E não é para menos, pois tem cerca de 1000 km de extensão. Vai da Costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão, atingindo uma profundidade de mais ou menos 10 metros. Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.
Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas, bonecas, patos de borracha, sapatos, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e toda a sorte de manufaturas passiveis de serem feitas de plástico.
Segundo os “descobridores” deste verdadeiro “Continente”, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.

O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, pesquisa o vortéx há mais de 15 anos e compara e ainda se surpreende com tamanha poluição. Quando passa perto do continente, assiste-se a praias completamente cobertas de lixo plástico de ponta a ponta.

Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. 'Como foi possível fazermos isso?' - 'Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'. Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.
Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meio ambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes.
E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.

Uma sopa de plástico se espalha do Havaí ao Japão




Charles Moore, um oceanógrafo americano que descobriu a “Grande Mancha de Lixo do Pacífico”, acredita que ela contenha 100 milhões de toneladas de dejetos. A idéia original era de que fosse como uma ilha de plástico sobre a qual se pudesse andar. Na verdade, é quase como se fosse uma sopa de plástico. Curtis Ebbesmeyer, comentado acima, vem acompanhando o acúmulo de plástico nos mares há mais de 15 anos e compara o lixo a uma entidade com vida: “Ela se movimenta como um grande animal sem coleira”. E quando o animal se aproxima da terra, como acontece no arquipélago do Havaí, os resultados são dramáticos. Historicamente, o plástico que chegava às correntes marítimas se biodegradavam. Mas os plásticos modernos duram tanto que encontraram no Pacífico Norte objetos com mais de 50 anos de idade, intactos. E o mar de lixo, por ser translúcido, não é captável por satélites, diz o Independent. O lixo plástico causa a morte de mais de um milhão de pássaros marinhos por ano, assim como a de mais de 100 mil mamíferos no mar. Foram encontrados em estômagos de pássaros marinhos seringas, isqueiros e escovas de dentes, confundidos com alimentos.



Obs: Todos essas pequenas partes de plásticos foram encontrados no estômago de uma única ave.

No mundo inteiro sobre 100 pássaros as espécies são sabidas para ingerir partículas plásticas. Isto inclui mais de 35 espécies situadas fora da costa de África do Sul. Um estudo recente de hatchlings azuis do petrel no console de Marion remoto de África do Sul mostrou que 90 por cento dos pintainhos do bebê examinados tiveram o plástico em seus sistemas digestivos, alimentados aparentemente a eles acidentalmente por seus pais. As ave marinho de África do Sul são a população afetada a mais elevada da ave marinho no mundo. Os plásticos permanecem nos sistemas digestivos do pássaro, impedindo a digestão e causando a inanição.

Conhecer estes fatos ajuda-nos a repensar os valores e principalmente a rever o nosso papel face ao meio ambiente. Para termos diferentes resultados, impõe-se-nos agir de forma diferente! Começando por cada um de nós!

E agora? o que você fará com seus plásticos?